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Literacia mediática, uma moda ou uma necessidade?
Gradualmente falar e discutir sobre literacia mediática começa a ser um tema recorrente. Se o pensamento crítico é já uma competência transversal incluída na maior parte dos cursos de licenciatura, a literacia mediática ainda não surge como uma competência preponderante nas políticas públicas e nos planos curriculares.
Um dos problemas com a competência relaciona-se com a questão de a sua aplicabilidade concreta – a preparação de todos os agentes envolvidos no processo é um elemento crucial para sua concretização. Mas antes disso, importa reflectir sobre algumas definições:
Media literacy is the ability to access, analyze, evaluate, and create media. Media literate youth and adults are better able to understand the complex messages we receive from television, radio, Internet, newspapers, magazines, books, billboards, video games, music, and all other forms of media. Media literacy skills are included in the educational standards of every state—in language arts, social studies, health, science, and other subjects. Many educators have discovered that media literacy is an effective and engaging way to apply critical thinking skills to a wide range of issues.
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Media refers to all electronic or digital means and print or artistic visuals used to transmit messages.
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Literacy is the ability to encode and decode symbols and to synthesize and analyze messages.
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Media literacy is the ability to encode and decode the symbols transmitted via media and the ability to synthesize, analyze and produce mediated messages.
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Media education is the study of media, including ‘hands on’ experiences and media production.
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Media literacy education is the educational field dedicated to teaching the skills associated with media literacy. Media literacy definition
Porque amanhã é 25 de abril…
Há uns anos nesta mesma semana de abril um professor de uma escola secundária sugeriu que eu fosse censurada.Que não podia escrever o que queria. O texto apenas descrevia uma peça de teatro sobre o amor e ele não gostou que tivesse escrito que o público-alvo daquela peça não gostou da mesma. Eram crianças de tenra idade a ouvir coisas de adolescentes e não estavam muito entusiasmados com a coisa, tecendo frases deliciosas sobre o assunto. Mais do que pensar se a peça era para aquele público-alvo fez uma carta eriçada a desancar-me sem pensar que, na verdade, estava a fazer um convite à censura. Não usei palavras inapropriadas, não reescrevi frases de um qualquer comunicado. Sentei-me a assistir a uma peça de teatro ao lado dos espectadores e escrevi sobre o assunto.Para mim a notícia estava ali, sentada ao meu lado nos olhos curiosos e comentários dos recetores, o público-alvo. Eram crianças pequeninas que não estavam preparadas para ver aquilo, que não sabiam o que significavam as palavras, quem eram as personagens e limitei-me a referir isso. Na altura, na semana de abril levou, em tinta de papel, uma resposta a recordar a data, a liberdade de imprensa, o direito à informação. Ao longo dos anos sopraram outras censuras. Pressões e situações mais graves. Tentativas de manipulação encapotadas. Recordo esta situação pelo ridículo do assunto e pela época. Na altura deu-me mesmo jeito na resposta lembrar abril, o que teimam em tentar apagar. Na verdade, os tempos foram piorando e esta semana ficamos até a saber que os partidos do «arco do poder» querem impor limites à cobertura mediática das eleições. Efetivamente era mesmo uma pena sermos poupados ao «panis et circenses» que são as campanhas eleitorais, não era? Eu até ia mais longe e sugeria que fosse tudo feito e preparado antes. Facilitava a vida aos jornalistas, não havia despesas para as administrações e ficávamos todos mais descansadinhos na nossa vidinha a assobiar para o lado… E, porque não irem ali à Viarco comprar uns lápis azuis e rabiscava-se o que não interessa: aos partidos, aos políticos, aos amigos dos políticos?
Bem… voltando ao que interessa. O jornalismo é importante porque deve informar, fazer pensar, alertar e colocar em causa situações que muitos preferem esconder. Constrangimentos, esses, sempre existiram. Uns mais insidiosos, descarados, outros menos. Gostaria de pensar que estas ideias apenas surgem para nos lembrar a importância de uma imprensa livre. Ou será que já nem isso faz?
Pelo menos no estrangeiro já começaram a chamar as coisas pelos nomes: El Pais.
«Portugal celebra los 40 años de libertad de expresión, pero parece que no cumplirá los 41 años. Con nocturnidad y alevosía, con una celeridad desconocida en este país, los tres partidos mayoritarios, los gobernantes PSD y CDS, y el principal partido de la oposición, el Partido Socialista, se han puesto de acuerdo para un proyecto de ley que pretende establecer el control previo de los medios de comunicación en la próxima campaña electoral».
E, num artigo de opinião sobre o assunto Felisbela Lopes escreveu:
«Imersas numa inegável crise económica, as redações dos média confrontam-se com a diminuição de meios e a redução de equipas. Hoje é difícil ir até ao fim da rua ou até ao fim do Mundo à procura de uma boa estória. Relata-se o que acontece a partir da fábrica das notícias».
Porque amanhã é 25 de abril que se fale e aja sobre o assunto, tá?
Espoleta ou despoleta?
Porque usamos despoletar quando a palavra que devíamos usar é espoletar?
Vamos ao Ciberdúvidas esclarecer:
O verbo despoletar é formado do prefixo des- + espoletar, que significa pôr a espoleta em.
A espoleta é um dispositivo que produz a detonação de cargas explosivas, como por exemplo uma granada, e também de projécteis; a espoleta é, também, um detonador.
Se tirarmos a espoleta a uma granada, quer dizer, se a despoletarmos, ela fica inactiva. Despoletar significa precisamente o contrário daquilo que pretendem significar as pessoas que empregam este verbo. E quem tem muita culpa disto é a RDP, a TV e os outros meios de comunicação, que, neste caso, nem sequer consultam o dicionário, porque não se interessam pela Língua Portuguesa.
Em suma:
Espoletar é “pôr a espoleta em” (detonar) e despoletar é “tirar a espoleta a” (tornar inactivo).
Literacia mediática: melhor conhecimento, melhores escolhas?
É essencial a uma sociedade saudável ter cidadãos que saibam interpretar o que veem, leem e ouvem. Mas também a saber produzir conteúdos, já que, agora, todos podem ser produtores de media.
O Nativos Digitais ouviu diferentes especialistas e responsáveis, para entender o estado da literacia para os media em Portugal. A principal conclusão é que ainda há um longo caminho a percorrer.
Educação para os media no NATIVOS DIGITAIS
Fomentar a competência da literacia mediática é uma obrigação do ensino? Como a promover? Porque é importante saber distinguir a informação de publicidade? A educação para os media é formar a capacidade crítica e autónoma para lidar com as mensagens mediáticas, resume Manuel Pinto, investigador da Universidade do Minho. Sabemos consumir e ser media?informa e chama a atenção para alguns aspetos desta problemática.
Para que servem as mãos?
A Companhia de Teatro de Marionetas Mandrágora envolveu-se numa campanha de alerta à violência. Ver o vídeo Para que servem as mãos?
Um projeto que visa identificar a violência entre crianças e as suas consequências, e também consciencializar a comunidade para a importância da prevenção dos maus tratos na infância. O projeto procura estimular e favorecer nas crianças a expressão de uma visão crítica do mundo.
RESUMO HISTÓRICO
“Para que Servem as Mãos” foi realizado 27 vezes em 23 locais distintos para um público de 1665. Na sua digressão, participou em 2 festivais e encontros. |
Barómetro da Comunicação
Barómetro da Comunicação é um relatório publicado em 2014 com uma análise à evolução do sector dos meios de comunicação em Portugal. Dedica um capítulo à publicidade e outro à «força motriz do mercado de media», o consumidor.
Aceder ao documento em pdf AQUI.
Informação relativamente à recolha da informação: Os dados resultam de um inquérito online administrado a dirigentes de várias empresas e grupos de comunicação que actuam em Portugal. O universo da amostra é constituído por Gestores/Directores/Administradores de títulos de Media a exercer actividade em várias empresas pertencentes a diferentes grupos empresariais (ex: Rádio Renascença, Lusa, Sábado, Record, O Jogo, Correio da Manhã, TVI, RTP, SIC, Zon, Economicasgps, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, etc.). Foram validadas 52 respostas dadas por Gestores/Directores/Administradores de vários grupos de Media. No entanto, nem todos os inquiridos optaram por responder à totalidade das questões colocadas. A informação foi recolhida com base num inquérito por questionário disponibilizado online, elaborado pelo OberCom, através do sistema LimeSurvey. [OberCom]
Porta Estreita, um novo documentário estreia na Sic Notícias
Porta Estreita, um novo documentário da Fundação Francisco Manuel dos Santos, estreou a 27 set, na Sic Notícias, e conta o percurso de 3 alunos excepcionais com um sonho em comum: serem médicos. Poderão ter de desistir da sua vocação e ignorar anos de estudo e esforço, por poucas décimas. Um documentário que acompanha o ano lectivo de três estudantes, a forma como se prepararam, as suas expectativas e frustrações, os caminhos e estratégias que seguem na tentativa de entrar em Medicina. O documentário será repetido sábado às 2h, domingo às 11h30 e às 16h30, 4ª feira dia 1 às 02h e 6ª feira dia 3, às 15h30.
Porque é importante reflectir sobre o assunto.
Para ver o trailer procurar o vídeo de 52 segundos intitulado Porta Estreita.
Cultura, economia e o desempenho das organizações
Mahmood Reza, em The scorecard and the prism, recomenda dois modelos de gestão da performance particularmente relevantes para as organizações do sector da cultura e das artes: balanced scorecard e the performance prism [Mais informação sobre este modelo AQUI]. Deste modo, Reza recorda que:
«balanced scorecard was developed by Kaplan and Norton as an attempt to counter a rather narrow-minded approach to performance management that relied too heavily on financial measures. Its approach relies on the organisation defining key dimensions of performance for which discreet yet linked measures can be reported. The four categories or ‘perspectives’ are:
- Customers: Identifying who the target customers are and what is the value proposition in serving them. Example measures could include returning customers, average spend per customer and customer satisfaction surveys.
- Internal processes: These are the key processes which we must excel at to continue to add value for customers so that we can provide what they want and need. Example measures could include the number of projects completed on time and number of projects completed within budget.
- Innovation and learning (or learning and growth): There is normally a gap between the current infrastructure of employee skills, information systems and organisational culture and the level necessary to achieve the desired results. The measures such as employee satisfaction, training, internal rewards and recognition should help close the gap. Example measures would include staff retention, staff absenteeism and the number of new shows.
- Financial: The measures tell us whether our strategy execution and implementation, detailed through measures in the other perspectives, leads to improved bottom-line results. Typical measures would include cashflows, growth in earned income and cost efficiencies.
These measures represent a communication tool to employees and external stakeholders, and are the outcomes and performance drivers by which the organisation should achieve its mission and strategic objectives. A framework for the four perspectives helps describe the key elements of strategy and the framework is made up of objectives, measures, targets and initiatives.
Já no que concerne ao modelo que aposta no desempenho importa considerar todos os elementos da organização no que diz respeito à satisfação, contributo, estratégia, processos e capacidades.
The performance prism was devised by Cranfield University and is a model that considers all organisational stakeholders, without necessarily focusing on one single group. The organisation considers what its stakeholders need and want from the organisation, and consequently what the organisation needs and wants from its stakeholders. This stakeholder-driven model is a good fit for arts organisations.
There are five facets to the performance prism:
- stakeholder satisfaction
- stakeholder contribution
- strategies
- processes
- capabilities.
The performance prism is distinct from other models in a number of ways. First, it is stakeholder-driven and not strategy-driven. Second, the concept of stakeholders is more inclusive and does not just consider shareholders. Third, customer success is seen as based on ‘successful’ partnerships and inter-relationships between the organisation and stakeholders. And fourth, measures can be generated and used for all levels within an organisation
When designing the prism, the five facets prompt specific questions (and answers):
- Stakeholder satisfaction: Who are the key stakeholders and what do they want and need?
- Strategies: What strategies do we need to put in place to satisfy the wants and needs of the key stakeholders?
- Processes: What critical processes do we need to put in place to enable us to execute our strategies?
- Capabilities: What capabilities do we need to put in place to allow us to operate, maintain and enhance our processes?
- Stakeholder contribution: What contributions do we want and need from our stakeholders if we are to maintain and develop these capabilities?
These two models have aspects in common such as using a broad range of financial and non-financial key performance indicators, linking measures to objectives and what is important to an organisation, not just focusing on the financial measures. My preferred choice is the performance prism because it is stakeholder-driven and reflects the range and diversity of stakeholders that arts organisations work with. The important thing to remember is that an arts organisation needs to be able to answer the question of how it is doing objectively, and then manage what it measures.
O seu a seu dono. Esta informação foi partilhada pelo blogue gestão cultural.
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